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sábado, 28 de julho de 2012

Substituto do Playcenter será 'família' e terá 50% da capacidade

Ainda sem nome, o novo empreendimento não terá brinquedos radicais. Parque na zona oeste de São Paulo fecha as portas neste domingo (29)

O parque que vai substituir o Playcenter, na Zona Oeste de São Paulo, terá metade da capacidade do atual e será voltado para a família. Segundo o empresário Marcelo Gutglas, dono do empreendimento, o novo parque não terá os tradicionais brinquedos radicais, como a montanha-russa Looping Star e o elevador Turbo Drop. Essas atrações serão desativadas após este domingo (29), dia em que Playcenter encerra suas atividades, após 39 anos de funcionamento

“O novo conceito do parque é o de atrações inéditas, voltadas para público infanto-juvenil, sempre interagindo com os pais”, disse o empresário, em entrevista exclusiva ao G1. Gutglas nega que haja crise e diz que a decisão pela mudança baseia-se em pesquisas de mercado que indicam haver falta de opções para o público familiar se divertir. “Muitos parques no mundo, incluindo a Legoland e o Nickelodeon, já oferecem atrações para esse perfil.”
Para conseguir atender bem este público, o novo parque terá uma capacidade limitada. O empreendimento receberá não mais que 4,5 mil frequentadores por dia, a metade da média de visitantes diários do Playcenter. A inauguração está prevista para julho de 2013, segundo a administração do parque.
Valores
O empresário prevê investimento de R$ 40 milhões no novo parque, que ainda não tem nome. No valor estão incluídos os custos de projeto, as obras de infraestrutura, a aquisição de novos equipamentos, o lançamento e o startup do novo parque, previsto para ser inaugurado no ano que vem.
O novo parque será instalado no mesmo espaço ocupado atualmente pelo Playcenter, próximo da Marginal Tietê, na Barra Funda. A área que ele ocupará, porém, ainda não foi definida, e a venda de parte do terreno não está fora de cogitação.
Questionado sobre quais atrações estarão presentes, Gutglas faz mistério e diz que está trabalhando na seleção delas. De concreto há apenas a confirmação que, a exemplo do que ocorreu com a montanha-russa Boomerang em abril, brinquedos radicais, como o Tsunami, após desmontados e vendidos para empresas do ramo, tanto brasileiras quanto internacionais.
História
Na entrevista ao G1, Gutglas lembrou, com carinho, do início do Playcenter, nos idos dos anos 1970. Tudo começou com máquinas de fliperama. “A convite de um fornecedor, viajei para Nápoles [na Itália], onde ele me apresentou um operador que também tinha um parque de diversões, o Edenlândia. O empresário italiano me convenceu a importar alguns equipamentos para experimentar esse setor.”
O embrião do parque surgiu em frente ao Ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, onde foram instalados uma montanha-russa e outros brinquedos. Lá também havia um tobogã muito popular, cujo nome era Playcenter. “Com o sucesso desse pequeno parque, decidimos comprar o Tobogã e preservar o nome Playcenter.” Após análise, os fliperamas foram vendidos e, com o dinheiro adquirido, o parque na Barra Funda foi construído.
O dono relembra momentos que ele considera "inesquecíveis" no Playcenter e revela alguns segredos. "Além do King Kong [o parque sediou a estreia do filme, em 1979], houve os shows das baleias Orca e dos golfipinhos. As duas baleias foram importadas da Islândia e vieram de avião ao Brasil", recorda-se. O instante mais memorável do parque, diz Gutglas, foi a visita do cantor Michael Jackson, em 1993.
Boatos
O dono do Playcenter afasta boatos sobre uma parceria com Maurício de Sousa, para que o novo parque tenha a Turma da Mônica como tema. "Ficaríamos muito honrados em ter os personagens dele no parque. Mas, no momento, não há nenhum acordo neste sentido."
Para Gutglas, o Playcenter não atravessa período de crise ou de prejuízo financeiro. "Nos últimos anos, mantemos a média de 1,5 milhão de visitantes por ano", afirma, ao ser questionado sobre o assunto. Ele avalia que a intenção de mudar de foco é oferecer "algo novo e premium" para o público familiar da capital paulista.
O que acham sobre isso, o Playcenter deve fechar ou não? Deixe seu comentário.
                                                                                                                 Kaique André

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